Foto: Claudio Vicente
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Ao longo dos últimos 50 anos, a pós-graduação em Antropologia Social da UnB tem formado mestres e doutores com atuação em todo o Brasil e em diversos países, em instituições de ensino e pesquisa, orgãos governamentais, entidades da sociedade civil etc. Cerca de metade dos estudantes do PPGAS são oriundos de outras unidades da federação e do exterior. Ao redor de 25% por deles são ingressados pelo sistema de cotas, o que inclui estudantes indígenas de todas as regiões do Brasil.
Confira abaixo informações sobre nossos discentes de mestrado e doutorado, assim como aqueles estudantes que já se formaram no PPGAS.
A formação no PPGAS da UnB foi extraordinária para a minha trajetória. Sua excelência acadêmica e qualidade de nível mundial marcaram minha forma de fazer antropologia no exterior e me forneceram uma ampla bagagem antropológica. A disciplina, o rigor, o pensamento crítico, a criatividade e a liberdade são características centrais na formação dos seus estudantes, impactando claramente as atuações profissionais dos seus ex-alunos. Posso dizer sem medo de errar que é um dos melhores Programas de Pós-graduação em Antropologia do continente americano e me sinto muito orgulhosa de levar comigo uma herança permanente do PPGAS da UnB!
O PPGAS da UnB foi um ambiente excepcional para estudar e pesquisar. Com as professoras e professores que tive, e em especial com minha orientadora, ali foi onde aprendi que há muitas antropologias possíveis e que a antropologia tem um papel crítico e transformador a exercer.
O PPGAS da UnB teve um papel importante e decisivo na minha trajetória profissional pela qualidade acadêmica e técnica oferecida. O quadro qualificado dos docentes, as possibilidades de estudos e pesquisas interdisciplinares em diversas áreas de conhecimento, disciplinas, temas e abordagens teórico-metodológicas e as condições estruturais e socioeducacionais disponibilizadas ao longo da formação foram responsáveis pelas minhas conquistas profissionais. Além disso, o PPGAS da UnB, estruturado e atuando dentro de uma universidade enraizada na capital federal multicultural e cosmopolita, me possibilitou uma formação orgânica, articulando minha perspectiva étnicocultural, acadêmica, profissional e liderança social.
No PPGAS/UnB fiz cursos com professores que modelaram de forma decisiva minha trajetória acadêmica e atuação profissional. Devido à reconhecida solidez da formação oferecida pelo Programa, centrada no trabalho de campo intensivo e associada a uma atitude de engajamento ético-político, pude revisitar os dados reunidos durante minha pesquisa de mestrado e iniciar um diálogo com o campo da saúde indígena. Essas pesquisas contribuíram indiretamente com o encaminhamento de dezenas de processos de demarcação de terras ocupadas por diferentes povos indígenas, em todas as regiões do país, trabalho que realizei enquanto estive lotada na Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação da Diretoria de Proteção Territorial da Funai. Sou grata ao bom encontro que tive com tantas/os professores, colegas, funcionárias/os e estudantes ligadas/os ao PPGAS/UnB.
O papel da formação oferecida no PPGAS da UnB tem sido central na minha trajetória profissional e acadêmica até hoje. Foi ali onde compreendi o que é a antropologia e onde me tornei antropóloga. Além de ter sido um riquíssimo e muito dinâmico espaço de interlocução, diálogo e troca permanente com professores e colegas, fomentando um pensamento crítico, o programa me forneceu das ferramentas teóricas e metodológicas que configuram a disciplina, principalmente, em relação com uma aproximação engajada, comprometida e ética com as realidades estudadas.
Tendo como base comparativa minhas passagens por universidades de outros três continentes, posso afirmar que minha formação no PPGAS da UnB foi de qualidade excepcional. Embora não existisse ainda formação em antropologia visual, o aporte teórico que construí ao longo dos meus anos de estudo no Departamento de Antropologia da UnB me proporcionou uma visão ampla e aprofundada da antropologia, me marcou por sua abertura a outras disciplinas (e indisciplinas!) e nutriu meu pensamento inquieto.
No PPGAS da Unb encontrei não apenas um programa de excelência internacional, com professores renomados (Paul Little, Lia Zanotta Machado, Carla Costa Teixeira, Alcida Rita Ramos, para citar alguns), mas também um clima agradável e colaborativo entre mestres e alunos, apoiados pela eficiência e simpatia dos funcionários administrativos (Rosa). Muito aprendi também com meus colegas durante nossos debates acadêmicos em sala de aula, prolongados em tardes de bate-papo e troca de ideias na antiga "catacumba". O mestrado em Antropologia Social influenciou minha vida profissional e pessoal. Registro gratidão especial a meu orientador, Stephen Grant Baines, pelas luzes de seu pensamento crítico, por seu profissionalismo e pela generosidade.
A importância da formação no PPGAS da UnB se tornou clara logo nas primeiras imersões profissionais, pois a abrangente formação me deu uma vasta bagagem acadêmica. De indígenas a violência urbana, a base teórica permitiu navegar tranquilo por diferentes objetos de pesquisa. Porém, o grande diferencial foi o apego metodológico. Saber realizar uma boa etnografia mesmo em contextos de conflitos, literalmente, salvou minha vida.
A formação de excelência no Mestrado do PPGAS/UnB foi muito importante para sedimentar meu desejo de seguir a trajetória acadêmica. Também propiciou um ponto de passagem para a internacionalização, com o Doutorado posterior nos EUA. A professora Mariza Peirano, em particular, foi um incentivo e modelo bastante marcante para minha atividade docente e de pesquisa.
"Ao longo de minha formação no PPGAS da UnB, fui beneficiada pelo ambiente intelectual criativo e estimulante promovido por professores, colegas e funcionários. Durante a escrita da tese, contei com uma orientação arguta e segura, além de ter tido a possibilidade de dialogar com os integrantes do Laboratório de Etnologia em Contextos Africanos (Ecoa), cuja exigência com o trabalho de campo se une a uma capacidade notável de reflexão teórica e de absorção do que de mais avançado em antropologia se faz em outros países. Por fim, sempre fui desafiada, em aulas, encontros e eventos diversos, a produzir conhecimento relevante e inovador, o que me permitiu seguir atuando na vida profissional com curiosidade intelectual e rigor metodológico."