Etnólogo especialista nos Povos Indígenas do Noroeste Amazônico, em particular da família linguística Tukano Oriental, com experiência de trabalho de campo com o povo Makuna desde 1995. Tem trabalhado principalmente os temas de cosmologia e xamanismo; manejo ecológico; relações natureza-cultura; noções de pessoa, espaço e tempo; parentesco; relações sociais; paisagens; indigenismo; história indígena; formação de sistemas regionais. Se interessa também em teoria Antropológica e na história de longa duração da América do Sul, as relações Andes-Amazônia, e nos diálogos interdisciplinares da Etnologia com a Arqueologia, a Linguística Histórica, a Ecologia Histórica e a História Colonial. 

Possui graduação em Antropologia pela Universidad de Los Andes (1998), Bogotá (Colômbia), mestrado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (2005) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade de Brasília (2010). Foi Pesquisador Colaborador do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo em 2018-2019. Coordena o Grupo de Pesquisas Antropológicas e Linguísticas do Noroeste Amazônico (KAAPI) do CNpq e o Núcleo de Arqueologia Indígena (Meurem kuni) no Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da Universidade de Brasília. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.

Coordena três projetos de pesquisa que pressupõem o diálogo interdisciplinar. “Mudanças e continuidades na história de longa duração da família linguística Tukáno” e “A formação do sistema regional do Alto Rio Negro e a história de longue durée dos povos tukano orientais” pretendem entender os processos históricos pelos quais passaram os grupos falantes da família linguística Tukáno para situá-los no contexto geral da história da Amazônia, identificando as continuidades de longa duração, as variações e as mudanças entre os grupos e as línguas da família durante esse processo. O primeiro, busca articular elementos linguísticos e socioculturais analisados às luzes do cruzamento entre a etnologia e a linguística histórica, focalizando nos sistemas de parentesco e nas categorias cosmológicas e toponímicas, enquanto o segundo baseia-se na elaboração de etnografias realizadas em três rios diferentes do Alto Rio Negro. 
O Projeto “A formação de sistemas regionais no Norte da América do Sul: intercâmbio, organização sociopolítica e relações entre Amazônia e Andes na história indígena de longa duração” busca comparar a constituição de diferentes sistemas regionais (Andes orientais colombianos, Alto e Médio Orinoco, Noroeste Amazônico) durante um período que abrange pouco mais de mil anos por meio do cruzamento entre etnologia, arqueologia e história.
É pesquisador do Projeto Arqueologia e História Indígena no Brasil Central (PHIBRA) associado ao Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.

Tem concluído 7 orientações de doutorado, 7 de mestrado e 13 de graduação. Dentre seus orientandos há 6 alunos indígenas.
A maioria das orientações têm sido na área de etnologia indígena, incluindo uma vasta diversidade de povos indígenas em Brasil, Colômbia e Peru: Ikü (Arhuaco), Inga, Madihá (Kulina), Gavião Ikólóéhj, Matsés, Borari, Tuxá, Tukano, Kubeo, Baniwa, Tikuna, Kokama, Waiwai, Kanoé e Akuntsú, Tuxá, Shipo-Konibo, Yawanawá, Puyanawa e Kayapó. Na graduação, tem orientado alguns trabalhos sobre temas diversos como blues e erotismo, cultura surda, new age e migrantes gregos em Brasília. 
Atualmente, na pós-graduação tem 5 orientações em andamento, 3 de doutorado e 2 de mestrado, dos quais 3 estão em período de prorrogação. Por tanto, tem disponibilidade para 4 orientandos.

1/21 História da Antropologia –Autores Clássicos I
2/20 Teoria Antropológica 1 
1/20 Sistemas mitológicos (As Mitológicas de Lévi-Strauss)
2/19 Etnologia Sul-americana